
Após a estréia do primeiro brasileiro na MLB – Yan Gomes – no dia 17 de maio de 2012, os norte americanos viram também o primeiro Homerun do mesmo atleta. Este é o início e o final de uma era.
O final de uma era dominada pelos japoneses e seus descendentes no esporte do diamante de 4 bases. Desde a chegada dos primeiros japoneses no Brasil, o baseball foi disputado e organizado pelos orientais. A partir do sucesso momentâneo de Gomes, os norte americanos começam a enxergar um país que apesar de ter paixão pelo futebol, pode gerar bons jogadores para a MLB e suas empresas parceiras. Os maiores motivos são o acesso as informações devido a popularização da internet e os baixos índices de sucesso (no futebol) das cidades fora do eixo São Paulo (Capital) – Rio de Janeiro (Capital) – Belo Horizonte.
O Brasil tem tudo para ser um grande mercado no esporte, só precisa de investimento e coragem para arriscar. E já há pessoas corajosas e com histórias de sucesso. Edno de Souza e seu parceiro Andres Reiner, conseguiram se associar ao Rays (time da MLB) para fundar, junto ao governo de Marília, a primeira academia de Baseball de um time da MLB. Apesar do Rays ser um dos times mais fracos da liga, se eles apresentarem bons resultados nos 5 anos de contrato, com certeza outros times irão se interessar por investir também.
O único projeto grande até hoje no Brasil pertence a Yakult, em Ibiúna. Mas há um problema para os jogadores brasileiros se estabelecerem no Baseball japonês. Há uma regra geral de que cada time pode ter apenas 4 estrangeiros no elenco. Somente os exepcionais ficam, pois os brasileiros geralmente competem com jogadores da MLB e outros latinos onde o Baseball é mais estruturado.
Com a chegada de Gomes a MLB, a mídia brasileira pode se interessar mais pelo assunto e acompanhar o atleta. Assim, há uma maior divulgação e interesse por parte dos jovens. Os salários na MLB são formidáveis e há muito mais jogos do que no futebol. Um time da MLB joga 162 vezes por temporada normal e se for as finais há mais jogos ainda. No futebol, são menos jogos e se o time não vence o campeonato estadual, fica de molho.
As cidades do interior de São Paulo são muito propícias ao desenvolvimento do Baseball, visto que poucos times de futebol se destacam. Por ter Ibiúna (Yakult) e Marília (Rays) com academias, os próximos locais na rota para iniciar investimentos seriam Botucatu e Bauru que ficam entre as duas cidades. Será que algum político dessas cidades lê o blog? Olhem a oportunidade criada por apenas um atleta vencedor!
Acredito que Gomes seja apenas o primeiro de muitos brasileiros que irão seguir carreira na MLB. Infelizmente os japoneses terão que dividir seu espaço agora com os melhores no marketing esportivo. Se o futebol é dominado pelos europeus, as outras modalidades foram difundidas pelos norte americanos para o mundo, NBA, NHL, NFL, NBA, MLB e até um pouco a nova NSL, devido ao astro Beckam. A NPB (Nippon Professional Baseball) teve a chance de desbravar e difundir o Baseball no Brasil, bebeu água limpa durante anos, agora tem um concorrente de peso e quem ganham são os apreciadores deste esporte.
Comecei a gostar do Baseball vendo Hideo Nomo (ex Buffaloes) e Ichiro (ex Orix) jogando na Pacific League. Os mesmos japoneses que me influenciaram a gostar também da MLB (depois de suas transferências para EUA). Hoje com a ida de Darvish para o Texas Rangers, acompanho mais a MLB do que a NPB, só vejo alguns jogos do Chunichi Dragons, mas o time está ganhando tanto que perdeu a graça assistir hehe.
Fontes: Wikipedia.Org, Mlb.com, Npb.or.jp e sites linkados acima.