Li a matéria do EXAME e não concordo com tudo que foi escrito, aliás traduzido da REUTERS.
Muitos brasileiros que vivem fora do Japão devem estar surpresos com a recente notícia de compra da Sprint, feita pela japonesa Softbank.
Porém, para os que estão no Japão e vivem a mais de 10 anos na ilha, é um fato normal de uma empresa que abriu as portas para o atendimento aos estrangeiros e facilitou o acesso a comunicação móvel.
Alguns fatos que fazem da Softbank a mais utilizada pelos brasileiros no Japão:
– Baixou os preços das mensalidades dos celulares
– Introduziu o iPhone no mercado japonês.
– Facilitou a aquisição dos aparelhos através de empresas que atendem na língua portuguesa.
– Contratou funcionários para atendimento em português nos seus Call Centers.
– Lançou aparelhos com menu em caracteres romanos.
Sou cliente Softbank e posso afirmar que a empresa conseguiu me conquistar por oferecer o iPhone e pelo White Plan (Plano de ligações por ¥ 980/mês ou $ 12). O atendimento em português é apenas um detalhe.
Antes da Softbank, usei a Vodafone e também a J-Phone. Já fui cliente da IDO (atual AU) e também da Docomo.
Não confiei em duas ações da Softbank nesses 6 anos depois de comprarem a Vodafone Japan. A primeira, utilizar o logotipo e a marca deles ao invés do vermelho da operadora européia. Achei que não iria dar certo por não representar um nome ligado a telefonia, mas em pouco tempo já estava com aquele “símbolo de igual =” em cinza na minha cabeça. A segunda foi a introdução do iPhone num mercado dominado por excelentes aparelhos com tecnologias avançadíssimas em telas menores e mais leves, estava acostumado a navegar nos sites mobile. Mas o iPhone conquistou os japoneses logo na segunda geração 3GS, pela facilidade de uso, tanto por jovens quanto por idosos e ainda a possibilidade de navegação nos sites e acesso a emails.
A KDDI AU descobriu isso um pouco tarde, e só começou a vender os aparelhos a partir do 4S. A NTT Docomo, talvez só perceba o atraso no 5S.
O mesmo acontece na oferta de serviços para os estrangeiros no Japão. Enquanto a Softbank abre as portas para parcerias e atrai mais consumidores, a KDDI AU seguiu os passos e contratou brasileiros, a NTT Docomo faz pouco para nos ter como clientes. Não há interesse em aprender como lidar com estrangeiros, uma oportunidade única dentro do seu próprio país. Algo que Marcelo Claure consegue fazer muito bem nos EUA.
A NTT Docomo e KDDI AU são respectivamente primeira e segunda em número de assinantes de celulares no Japão. Porém, nos últimos 6 anos, desde que comprou a Vodafone Japan a Softbank conseguiu aumentar em 15 milhões sua base (dobrou), enquanto que as líderes conseguiram apenas 8 milhões cada.
Masayoshi Son, CEO da Softbank tem o objetivo de ser número 1 em telefonia móvel no Japão. Ele já tem o site número 1, Yahoo Japan. Acredito que nos EUA ele pode fazer o mesmo. Utilizar a estrutura da Sprint para oferecer conteúdo móvel aos americanos e com esse aprendizado, trazer mais novidades para o mercado japonês.
Fonte: Wikipedia.Org
Problema é quando o brasileiro vem para o Brasil e não consegue usar o celular