
No post “As coisas aconteceram“, havia mencionado, numa análise pessoal, que o mercado de importação de produtos para brasileiros no Japão girava em torno de USD 200 milhões em 2008.
Em um artigo de pesquisa da Carmen Rial (UFSC), ela comenta que dos US$ 500 milhões em importação de alimentos industrializados do Brasil, US$ 200 milhões eram destinados a comunidade brasileira do Japão em 2008.
É um número pequeno perto dos $ 9,4 Bi de exportações brasileiras para o arquipélago em 2011. Porém, mais de 50% desse total exportado era concentrado em 10 commodities, ao contrário do Japão, que tinha cerca de 100 tipos de produtos na sua lista principal de vendas ao Brasil. O Japão é o segundo maior importador de carne do mundo e vetou a entrada da carne brasileira, de acordo com noticiário da época, mas há milhares de outros produtos que podem chegar nas mãos dos japoneses.
Em 2008, havia uma rede de importação e distribuição no arquipélago para atender os brasileiros residentes em todas as províncias do Japão, a qual, faturava cerca de $ 200 milhões num mercado de 320 mil pessoas, algo em torno de $ 625 per capita. Com esse know-how adquirido pelas importadoras e distribuidoras, é mais fácil trazer outros produtos de maior valor agregado para os nativos.
A logística está pronta, os produtos chegam até o consumidor brasileiro, seja pelas dezenas de lojas físicas ou por vendas online. Só falta investimento em Marketing. Quem será o primeiro a enxergar essas oportunidades?
Veja os pequenos exemplos de marcas brasileiras nas prateleiras de supermercados e redes japonesas.

Nesta foto, o guaraná Antarctica, extá exposto numa loja muito frequentada pelos japoneses, com explicações sobre a marca, a ligação com a seleção brasileira de futebol e no título um aviso que diz algo como, este produto está fazendo sucesso em vendas. No Japão, a parceira da Ambev é o Grupo Arai.
Obrigado ao Eduardo Tanque por enviar a foto.

Acima, a Cachaça 51, exposta num grande supermercado de Aichi, ao lado de uma marca mexicana de tequila. A importação e distribuição do produto é feita pela Suntory, uma das maiores empresas de bebidas do Japão.
Obrigado ao Daniel Omine por enviar a foto.

Manga braileira no supermercado japonês, detalhe para o adesivo com a bandeira do Brasil etiquetado na fruta.
Obrigado ao Wilson Harada por enviar a foto.
Chegou a hora de utilizar esses canais de distribuição para vender aos 120 milhões de japoneses. Ou ao menos, os 5 milhões que assistem jogos de futebol onde há dezenas de atletas brasileiros participando. Se o Neymar vende guaraná para os brasileiros, os jogadores que vivem aqui podem vender para os japoneses.
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